segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MARTIRES CRISTÃOS

A história de San Gennaro e de seu sangue que se liquefaz diante dos fiéis

São Gennaro nasceu de pais muito pobres e ainda criança, tornou-se órfão de mãe. O pai, tendo contraído segundas núpcias, por causa da extrema pobreza, mandou seu filho ainda muito jovem a trabalhar como guardião de porcos.
  O jovem conheceu um eremita da aldeia e começou a frequentar sua capela, recebendo dele instrução cultural e religiosa. Um dia o eremita convidou Gennaro a seguí-lo.
    Neste ponto da vida do Santo encontramos um vazio, longe de sua nação, e só o vamos encontrar depois como Bispo de Benevento e como mártir em Pozzuoli. São Gennaro derramou seu sangue por Cristo ao início do século IV. Em uma nota hagiográfica se lê de fato que Gennaro «Bispo de Benevento, foi martirizado em Nápoles, junto com seus companheiros, durante a perseguição de Deocleciano». Condenado «às feras» no anfiteatro de Pozzuoli, junto com os companheiro de fé católica, por causa do retardo de um juiz foi decapitado e lançado às feras para um divertimento gratuito e macabro dos pagãos.

 Mais de um século depois, em 432, por ocasião da transladação das relíquias do Santo, de Pozzuoli a Nápoles, uma senhora entregou ao Bispo João duas ampolas contendo o sangue coagulado e seco de São Gennaro.
Como uma garantia da autenticidade da afirmação desta senhora o sangue se liquefez diante dos olhos do Bispo e de uma grande multidão de fiéis. O evento singular agora se repete constantemente todos os anos em determinado dia, que é o sábado precedente ao primeiro domingo de maio e durante oito dias sucessivos; em 16 de dezembro e em 19 de setembro e por toda a oitava da celebração em sua honra.
 
           As evidências deste fenômeno começaram em 1329, e são tão numerosas e concordes que não deixam margem a dúvidas. O prodígio, porque assim o considera a ciência, tem merecido a admiração afetuosa com que o segue toda a população de Nápoles. A sincera devoção dos napolitanos por este mártir é historicamente pouco identificável. O fato é que a memória de São Gennaro é celebrada liturgicamente já desde 1586, tendo sido conservada no novo calendário. Porque não existe nenhuma explicação natural para o fenômeno não dependendo nem da temperatura nem do ambiente. No entanto, podemos atribuir-lhe um significado simbólico de vivificante testemunho do sangue de todos os mártires na vida da Igreja, nascido do sangue da primeira vítima que foi Jesus Crucificado.

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