segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pastor protestante se converte à Igreja Católica depois de 20 anos como ‘crente’.

Pastor se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas evangélicas

Hoje faz exatamente 20 anos do meu batismo na Igreja Assembleia de Deus. Foi em 27 de Março de 1994, domingo, na igreja sede da Assembleia de Deus no Brás (Ministério em Madureira, hoje mais conhecida como AD Brás).
Foi um momento marcante em minha vida, eu estava vivendo uma linda experiência de conversão e aquele ato batismal era o cumprimento de uma decisão tomada poucos meses antes, quando aceitei a Jesus como meu Salvador. Sempre fui apaixonado pelo Evangelho desde criança, quando ganhei minha primeira Bíblia aos sete anos, poderia até ver isso como uma vocação sacerdotal.
Passados estes vinte anos eu vivo novamente a experiência da conversão, mas desta vez minha fé me trouxe de volta à Igreja Católica Apostólica Romana. 
No período em que estiva na Assembleia de Deus participei de grupos de mocidade, fui professor de Escola Bíblica Dominical e um cursei Teologia(Básico) pela EETAD, curso que deixei pela metade para viver o meu sonho de trabalhar em uma emissora de rádio.
Por um período de sete anos eu apresentei um programa chamado “Jovens Para Cristo” que era patrocinado pelos membros da igreja. Neste período eu trabalhei como funcionário desta emissora até o seu fechamento pela Anatel em 2002. Após o fechamento da emissora de rádio, passei por um período de depressão e me afastei da igreja.
Meses depois eu, por conta própria, decidi procurar uma igreja diferente para frequentar, um misto de vergonha e orgulho me impediu de retornar à minha antiga congregação. Deste tempo, até aqui, fui membro de três igrejas diferentes, passei por altos e baixos na minha fé. Apesar de sucessivas decepções, aconteceu a maior dádiva da minha vida, conheci a moça que hoje é minha esposa e mãe de meu filho. Deus me abençoou com uma família maravilhosa.
Nestes últimos anos desenvolvi diversas atividades ministeriais, especialmente voltadas para a evangelização de jovens, também ministrei cursos para formação de lideres e obreiros. Até que cheguei ao pastorado, fui pastor auxiliar pelo período de um ano e pastor titular por outro período de um ano em uma congregação que inaugurei junto ao ministério do qual fazia parte.
Pouco depois do nascimento de nosso filho, por motivos alheios à minha vontade, renunciei à direção da igreja que pastoreava e meses depois entendi que deveria abrir mão do ministério pastoral. Era dia 12 de Outubro de 2012 eu preguei o meu último sermão na igreja sede da igrea que congregava e sabia que não retornaria mais a um púlpito na condição de pastor.
Tudo que eu sempre almejei e alcancei, deixei pra trás, somente restou em meu coração a ardente paixão pelo Evangelho e minha vida consagrada a Cristo. Ao longo desta experiência muita dor, angústia e lágrimas derramadas.
Talvez, nesse ponto, você esteja se perguntando o motivo de atitudes tão drásticas, tão radicais. Tais motivos, claro existem, mas decidi não falar sobre tais assuntos no momento. 
Reencontro com o catolicismo
Fui criado católico, fui batizado, fiz a primeira comunhão, mas aos 18 anos, nenhum destes fundamentos fazia o menor sentido pra mim.. Na adolescência fiz parte de movimentos ligados à “Teologia da libertação” e com o passar do tempo fui me afastando da igreja. Aos 18 anos aceitei ao convite de um amigo e fui com sua família a um culto da Assembleia de Deus, fiquei maravilhado com aquela atmosfera. Nunca havia sentido uma sensação tão boa,eu me senti tocado por Deus e aceitei seguir aquele caminho.
De modo algum eu quero invalidar este processo de conversão. Foi uma experiência real, verdadeira e produziu frutos em minha vida.
Porém, não é segredo para ninguém que a expansão do Protestantismo no Brasil, especialmente o ramo pentecostal, se deu por conta de uma visão anti católica que, baseada em texto bíblicos, proclamava a verdadeira salvação por meio apenas de igrejas pertencentes a este seguimento. Igreja Católica era sinônimo de idolatria e o Papa, o próprio Anti-cristo.
Passei a ver o catolicismo como uma religião idólatra e anti bíblica. Por anos tive esta visão e convicção.
No auge da rede social Orkut, entrei em uma comunidade de debates entre católicos e evangélicos. A comunidade “Debate Católicos e Evangélicos” carinhosamente chamada de “DC&E” congregava um número interessante de pessoas tanto católicos quanto evangélicos, ali tínhamos debates teológicos de grandeza magistral, mas também exemplos extremistas de fundamentalismo religioso, de ambas as partes.
Logo em minha primeira participação na comunidade entrei em um tópico que debatia algo sobre as Escrituras, fui logo confrontando e declarando de que adiantava debater sobre a Bíblia e não acreditar, nem fazer o que ela mandava.
Naquele dia eu levei a maior surra de interpretação bíblica, apanhei até cansar de um católico chamado Paulo, mais conhecido como Confrade. Eu não tinha argumentos, mesmo sendo um leitor ativo da Bíblia, me considerando apto a debater as Escrituras, eu fui calado pela sabedoria e conhecimento daquele rapaz. Derrotado, pedi perdão pelo equívoco…
Passei e estudar com mais afinco o catolicismo, seus costumes, o Magistério, a Tradição, os dogmas, especialmente os ligados à Maria, mãe do Mestre.
O efeito disso foi a anulação do sentimento anti catolicismo adquirido e o início de uma fase de fraternidade e aprendizado. Porém, nunca concebi à ideia de me tornar católico novamente. Deste período de debates surgiram amizades, encontros, como o da foto abaixo.
Pastor Adenilton Turquete se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas evangélicas
Esta imagem é um registro histórico de um dos orkontros realizados pelos membros da comunidade. Este foi o primeiro em São Paulo, havendo outros no Rio de Janeiro e algumas outras cidades do Brasil.
A comunidade foi fundamental para renovar a minha mente. Passei a enxergar a Igreja Católica com a Igreja de Cristo, todo protestante deve entender que sem ela, o Evangelho não nos alcançaria.
No entanto foram necessários alguns anos para que eu entendesse que deveria regressar à Igreja mãe.
Foram necessárias várias decepções, muitas frustrações, para poder abrir o meu coração e conceber que meu lugar é na Igreja Católica.
Após renunciar ao pastorado e à direção de uma igreja, eu me desigrejei. Não queria mais saber de templos e religião institucionalizada.
Decidi romper com a religião. Eu tinha a minha fé, acreditava em Deus e viveria para fazer o bem e por minha família. Não queria mais vínculo com denominação alguma, minha religião era Cristo, e pronto.
Iniciei o projeto deste blog, compartilhando textos com amigos do Facebook. Comecei a escrever sobre a fé cristã, postar reportagens e notícias sobre os cristianismo, inclusive algumas polêmicas e escândalos.
Até que um belo dia escrevi o texto Castel Gandolfo: Onde o Papa passa as férias. Isso foi no dia 11 de Janeiro de 2013, no início da noite.
Foi uma noite mal dormida, pois sonhei com o Papa Bento XVI e a ideia de ser novamente um católico. Cheguei a comentar com minha esposa: “… e se eu voltasse para Igreja Católica?”
A ideia se transformou em desejo, e o desejo, decisão. Eu comecei a compartilhar isso com meu amigo Marcio Araújo, mais um remanescente da “DC&E”, e desde então ele tem me ajudado. Márcio é dono da página Beleza da Igreja Católica e tem sido um grande incentivador da minha jornada. Pouco tempo depois criei a página Francisco, o Papa da humildade, fiquei maravilhado com a mensagem cristocêntrica do Papa, só faltava conferir se a Igreja correspondia a tamanho entusiasmo.
Comecei a participar da Missa, mas mantive a discrição. No início ia para observar, mas, com o passar do tempo, eu já estava envolvido de corpo e alma. Um determinado dia marquei uma reunião com o padre Douglas, pároco da nossa região. O recebi em minha casa para um café da manhã e conversamos bastante.
Foi muito especial, contei a ele minha história e tenho recebido o seu apoio e instrução, iniciei o curso de Crisma a pouco dias em uma classe de Catequese voltada para os adultos. Estou vivendo intensamente este processo de conversão, aprendendo a viver esta fé milenar em sua plenitude.

sábado, 24 de maio de 2014

Pastor se converte após ouvir mensagem do Papa Francisco

Ulf Ekman, pastor convertido ao catolicismo após ouvir mensagem do Papa

Ulf Ekman, pastor convertido ao catolicismo após ouvir mensagem do Papa
Esta semana, o Papa Francisco completou seu primeiro ano de pontificado. Como tem sido constante em seu mandato papal, ele “mitou” novamente.  Recentemente ele enviou um vídeo cordial aos líderes protestantes pentecostais que participavam de um encontro no estado do Texas (EUA).  Devido ao vídeo, um dos maiores líderes protestantes da Suécia se converteu ao catolicismo. O pastor, ou melhor, ex-pastor,  Ulf Ekman anunciou sua conversão diante mais de 3 mil fiéis.
“Nos demos conta de que nossos preceitos protestantes, em muitos casos, não têm nenhum fundamento”, afirma o pastor (Fonte: ACI).
No vídeo, nitidamente gravado de improviso por pedido de alguém mais próximo e atenciosamente atendido pelo Papa, Francisco fala que devemos seguir a “gramática de Cristo”. “Amar a Deus sobre tudo e aos irmãos”. A mensagem não incluí, como muitos maldosos por aí estão dizendo, a aprovação do papa à doutrina protestante.
Devido essa mensagem o pastor sueco se converteu, mas o processo de conversão já havia começado antes. Há 10 anos ele vinha estudando o catecismo e a doutrina social da Igreja. O vídeo foi o empurrãozinho que faltava.

O novo católico

Ekman, que é um dos líderes cristãos mais influentes da Suécia, afirmou em entrevista que a unidade dos cristãos “tem consequências práticas”, e que não é suficiente que católicos e protestantes tenham um bom relacionamento. “É preciso que todos se reúnam em uma só Igreja!” Ao ser questionado se não era suficiente que amemos uns aos outros ele respondeu:
“Isso é o mesmo que dizem as pessoas que vivem juntas e não se casam! Mas Jesus não tem 20 mil esposas [aqui ele se refere às milhares de seitas protestantes], e sim uma relação interna e externa específica com uma Esposa”, disse, referindo-se à Igreja Católica.
“A Igreja é o Corpo de Cristo, uma entidade estruturada. É concreta, não é uma nuvem de gás. O Corpo é visível. O modelo é Jesus, que teve um Corpo visível durante 30 anos. Além do mais, como era no princípio? (…) Havia somente uma Igreja!”, enfatizou Ekman.
E concluiu:
“Nós precisamos do que Jesus colocou na Igreja Católica. Eu preciso dos sacramentos, eu preciso do Magistério, preciso do Papa, preciso da tradição que gerenciam. Eu preciso da Igreja para minha própria salvação”.

sábado, 17 de maio de 2014

A Igreja Falsificada

      Nota Minha: O Blog baixadacatolica não pode se calar diante de tais abusos. Ou sejamos católicos de verdade com tudo que aprendemos da Santa Madre Igreja, ou caminhemos para protestantizar, relativizar e destruir nossa verdadeira fé.


      Nessa época de falsidades há-de parecer que a Igreja apostatou, quando uma igreja falsificada — denominada católica, mas que, na verdade, é uma falsa seita ecumênica de inspiração maçônica — dará a impressão de tomar o lugar da “antiga” Igreja.

      Será este o aspecto mais horrível da Grande Tribulação: a aparente destruição do Catolicismo tradicional e sua ‘substituição’ pela nova “Igreja Católica” ecumênica, monstruosidade pan-religiosa e pan-cristã.

       É esta a ‘Grande Apostasia’ — profetizada nas Sagradas Escrituras e no Terceiro Segredo de Fátima — que, neste momento, começa já a tomar forma e a desenvolver-se: a “Casa de Deus” está a ser profanada, violada e desconsagrada, tanto pela heresia ‘cristã’ como pela idolatria pagã. A profanação da Igreja de Deus é a grande abominação profetizada nas Sagradas Escrituras.

Palestra do Padre: Paul Kramer 


Vejamos o que está acontecendo na Igreja:

            Pe. Omar Raposo - zelo litúrgico nas alturas com estola com fotos da artista e de seu filho.
BATISMO DO FILHO DE REGINA CASÉ - NUNCA DEVERIA TER COLOCADO ESSA ESTOLA PERSONALIZADA QUE GANHOU DE PRESENTE DA REGINA CASÉ. TAMBÉM NÃO RECONHEÇO E NEM ACEITO ESSA MISTUREBA ECUMÊNICA.

Em uma superfesta para 600 convidados, em seu sítio em Mangaratiba, a apresentadora viu Roque ser abençoado nas religiões católica, evangélica, judaica, budista e no candomblé

AINDA BEM QUE OS PROTESTANTES ESTAVAM PRESENTES!
IMAGINA SE NÃO ESTIVESSEM?

MISSA SERTANEJA NA CANÇÃO NOVA - MUITA INOVAÇÃO E ABUSO LITÚRGICO.
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO NO RITO GOSPEL
MAÇOM NA IGREJA - ISSO É ALGO INCOMPATÍVEL COM A FÉ CATÓLICA
CULTO PROTESTANTE NA CANÇÃO NOVA - IMAGENS DE MARIA E DE JESUS CRUCIFICADO SÃO RETIRADAS PARA AGRADAR AOS PROTESTANTES.
PERGUNTA: SE FOSSE EM UMA IGREJA PROTESTANTE SERÁ QUE ELES COLOCARIAM AS IMAGENS DE MARIA E DO CRUCIFICADO PARA AGRADAR AOS CATÓLICOS.


Ainda não acreditam nas Profecias de Fátima?

sexta-feira, 16 de maio de 2014

SALVEM A LITURGIA E A LITURGIA NOS SALVARÁ!‏


        “O homem deveria tremer, o mundo deveria vibrar, o Céu intero deveria comover-se profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote”.  São Francisco de Assis:

    "A missa é a devoção dos santos" 
      "Se soubéssemos o valor de uma Missa, morreríamos de alegria".
      "Quão feliz é o Anjo da Guarda que acompanha uma alma à Santa Missa"
     "Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por nos ter deixado este meio infalível de atrair sobre nós as ondas da divina misericórdia. A Santa Missa é uma embaixada à Santíssima Trindade; de inestimável valor; é o próprio Filho de Deus que a oferece." São João Maria Vianey (CURA D'ARS):

Santo Agostinho já dizia: “Um homem cristão é católico enquanto vive no Corpo; decepado deste torna-se um herege. O Espírito não segue um membro amputado.”São Tomás de Aquino nos diz:

Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: “Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (…) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar”.

Papa Inocêncio III (1198-1216): “De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva”.

IV Concílio de Latrão( 1215), infalível, Cânon I: “…Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo…”.
Cânon III: “Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos…”.

Papa Bonifácio VIII (1294-1303): “Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplesmente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (…) Assim o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana“.

Concílio de Florença (1438-1445): “Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(…)”.

O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e excomungar os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios anteriores declararam, e ainda proferiu: “… A nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus…”

Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: “… Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar…” (Profissão de fé da Bula “Iniunctum nobis” de 1564)

Papa Bento IV (1740-1758): “Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar…”.

Por duas razões não se deve manter relações com os hereges. Primeiramente, por causa da excomunhão, pois, sendo excomungados, não se deve ter relações com eles, da mesma maneira que com os outros excomungados. A segunda razão é a heresia. – Em primeiro lugar, por causa do perigo, para que as relações com eles não venham a corromper os outros, segundo aquilo da primeira epístola aos Coríntios (15, 33): ‘As más conversações corrompem os costumes’. E em segundo lugar para que não pareça se prestar algum assentimento às suas doutrinas perversas. Daí dizer-se na segunda epístola canônica de S. João (v. 10): ‘Se alguém vier a vós e não trouxer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis, pois o que o saúda toma parte em suas más obras’. E aqui a Glosa comenta: ‘Já que para isso foi instituída, a palavra demonstra comunhão com esse tal: de outro modo não seria senão simulação, que não deve existir entre cristãos’. Em terceiro e último lugar, para que nossa familiaridade [com eles] não dê aos outros ocasião de errar. Por isso, outra Glosa comenta a respeito dessa passagem da Escritura: ‘E se acaso vós mesmos não vos deixais enganar, outros todavia, vendo vossa familiaridade [com os hereges], podem enganar-se, acreditando que esses tais vos são agradáveis, e assim crer neles. E uma terceira Glosa acrescenta: ‘Os Apóstolos e seus discípulos usavam de tanta cautela em matéria religiosa, que não sofriam sequer a troca de palavras com os que se haviam afastado da verdade’. Entende-se, porém: excetuado o caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo”. Quaestiones quodlibetales, quodlibeto 10, q. 7, a. 1 (15), c.


Salvem a Liturgia do perigo protestante!


A reforma litúrgica empreendida pelo Concílio Vaticano II foi uma das grandes preocupações dos padres conciliares, sendo o tema o primeiro a ter um documento aprovado : a SACROSANCTUM CONCILIUM . O TEXTO, INSPIRADO NA TRADIÇÃO DA IGREJA E NO DEPÓSITO DA FÉ , contribuiu para a renovação do espírito litúrgico e enriquecimento das Celebrações Eucarísticas. Todavia, não por causa do Concílio, mas por um errôneo desejo de ruptura com o passado , também cresceu em não poucos ambientes católicos uma má compreensão acerca do que é e o que significa o mistério da Santa Missa


Essa crise no modo como se celebra a liturgia teve especial atenção no pontificado de BENTO XVI . Para o Papa Emérito, 
"a crise na Igreja, pela qual passamos hoje, é causada em grande parte pela decadência da liturgia" . É o que se vê, por exemplo, num grande número de comunidades que, MOTIVADAS POR UM DESEJO DE PROTAGONISMO , deixam de lado o culto devido a Deus e acabam celebrando a si mesmas . Celebra-se antes o homem, do que Deus. Assim, surgem variadas modalidades de inovações e arbitrariedades que oprimem o rito litúrgico e o tornam propriedade humana, não divina


Contra essa tendência de ruptura e desvio na liturgia, o mestre de cerimônias pontifícias, Monsenhor Guido Marini , evoca a "hermenêutica da continuidade" proposta por BENTO XVI como único termo válido para interpretação dos textos conciliares. Marini se questiona se é possível imaginar "que a Esposa de Cristo, no passado, tenha transcorrido algum tempo histórico em que o Espírito não tenha dado assistência a ela, como se tal tempo devesse ser esquecido e cancelado" . Ora, não há nada mais absurdo que tal proposição, sobretudo quando se tem em mente o discurso de abertura do Concílio, no qual o Bem-aventurado JOÃO XXIII pedia com insistência para que “o depósito sagrado da doutrina cristã fosse guardado e ensinado de forma mais eficaz”


Sacrosanctum Concilium apresenta a liturgia como um dom de Deus, uma vez que "toda celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência..." (Cf. Sacrosanctum Concilium, n. 7) . Ainda citando a Encíclica Mediator Dei, de PIO XII , define-a como "o culto público... o culto integral do corpo místico de Jesus Cristo, isto é, da cabeça e de seus membros" . Com efeito, diz Guido Marini , é na liturgia que a Igreja se reconhece "oficialmente" a si mesma, "o seu mistério de união esponsal com Cristo, e aí oficialmente se manifesta". Desse modo, cada expressão do rito comunica a presença e a ação de Deus na humanidade muito mais que qualquer acréscimo inoportuno . Sendo assim, a liturgia precede e supera o homem, pois é "dom que vem do alto" e "mistério de salvação" . E é por isso que ela não pode ser modificada ou negligenciada


O Cardeal MALCOM RANJITH , Arcebispo de Colombo, Sri Lanka , alertou para o perigo de querer 
"tornar a liturgia mais interessante ou apetecível" durante sua conferência no encontro Sacra Liturgia, que foi realizado em Roma entre os dias 25 a 28 do mês passado, na Pontifícia Universidade da Santa Cruz . O cardeal interpelou aos que estavam presentes à conferência perguntando : "Se tais improvisações tornassem a Liturgia verdadeiramente mais eficaz e interessante, então, por que com tais experimentações e criatividade o número dos participantes aos domingos caiu tanto e tão drasticamente em nossos dias?" . E, ainda assim, por mais que essas inovações fizessem sucesso e atraíssem um grande público - o que é patentemente falso - não é este o critério com o qual um cristão presta adoração a Deus em "espírito e verdade" . A Santa Missa não é um espetáculo com pipoca e refrigerante, é antes o sacrifício para a redenção da humanidade


A obediência às normas litúrgicas é, portanto, de suma importância para a reta compreensão dos mistérios cristãos, "pois são textos onde estão contidas riquezas que guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo de dois milênios da sua história" (Cf. Sacramentum caritatis, n. 40). Além disso, recorda também o Mons. Guido Marini, 
"existe um direito do povo de Deus que não pode jamais ser menosprezado", que é o DIREITO de assistir à Missa tal como ela deve ser . Aliás, é bom recordar que o referido direito não é apenas um piedoso desejo do respeitado liturgista . O próprio Código de Direito Canônico afirma isto ao elencar os direitos de todos os fieis : "Os fiéis têm o direito de prestar culto a Deus segundo as prescrições do rito próprio aprovado pelos legítimos Pastores da Igreja" (Cân 214) . "E em virtude de tal direito - prossegue o monsenhor - todos precisamos estar em condições de alcançar o que não é simplesmente fruto pobre do agir humano, e sim obra de Deus, e exatamente por isso é fonte de salvação e vida nova"


A pessoa a quem o cristão se dirige quando reza é Deus . Pense-se, por exemplo, no diálogo introduzido pelo prefácio, no momento da liturgia eucarística, quando o sacerdote se volta para o povo e diz : "corações ao alto" e a assembleia responde :"o nosso coração está em Deus" . É o tempo no qual pastor e rebanho se recolhem e olham juntos para o céu à procura da luz que emana de Cristo . É uma ação sobretudo interior, mas que através da sabedoria da Igreja, ganhou sinais exteriores de modo a indicar a correta atitude espiritual do fiel


A disposição arquitetônica das igrejas e os espaços litúrgicos foram alguns dos elementos que buscaram simbolizar - ao longo da história - a maneira como os cristãos rezam. Tradicionalmente, a chamada oração voltada para o oriente também foi um desses sinais. Conforme explica o mestre de cerimônias pontifícias, Monsenhor Guido Marini, entende-se por oração voltada para o oriente o 
"coração orante orientado para Cristo, do qual provém a salvação e para o qual todos tendem como Princípio e Termo da história" . Mas por que para o oriente? Porque é onde nasce o Sol, e sendo ele símbolo de Cristo, a TRADIÇÃO achou por bem acolher na Liturgia o que é dito de maneira simples no Evangelho de São Lucas : "O sol que surge no Oriente vem nos visitar" (Cf. Lc 1, 78)


Posto isso, não é difícil de entender o quão equivocadas são certas críticas à maneira como a Igreja celebrava a Santa Missa antes da reforma litúrgica de Paulo VI . Afirmar que o sacerdote rezava de costas para o povo é, no mínimo, injusto . Pelo contrário, a posição do celebrante indicava que tanto ele quanto o resto da assembleia estavam direcionados para o verdadeiro protagonista da Celebração Eucarística : JESUS CRISTO . E mesmo no Missal de 1969, no qual o ministro celebra de frente para a assembleia, é a Deus que as orações se dirigem, pois como explica Marini, a expressão celebrar voltado para o povo não tem significado teológico, sendo apenas uma descrição topográfica


Ademais, "a missa, teologicamente falando, está voltada para Deus, através de Cristo nosso Senhor, e seria um grave erro imaginar que a orientação principal da ação sacrifical fosse a comunidade" , ensina Marini . Na Liturgia, indica o Concílio Vaticano II , "os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens" (Cf. Sacrosanctum Concilium, n. 7) . Nisso se insere a proposta de BENTO XVI , radicada naquilo que se convencionou chamar arranjo beneditino. Trata-se, explica o Santo Padre, de "não buscar novas transformações, mas colocar simplesmente a cruz no centro do altar, para a qual sacerdote e fiéis possam juntos olhar, para deixarem guiar de tal maneira voltados para o Senhor, a quem oramos todos unidos" (Introdução ao espírito da liturgia, p. 70-80)


 Uma vez que não é para o celebrante que o fiel deve olhar durante esse momento litúrgico, mas para o Senhor, a cruz - lembra Guido Marini - "não impede a visão; ao contrário, lhe abre o horizonte para o mundo de Deus, e a faz contemplar o mistério, a introduz no céu, de onde provém a única luz capaz de dar sentido à vida neste mundo" . O ponto central da Santa Missa é onde se encontra o Senhor, e por isso a presença do crucifixo no altar ajuda a comunidade e o celebrante a lembrarem o mistério que ali acontece. Com efeito, recorda o Catecismo da Igreja Católica"a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da Eucaristia, 'se exerce a obra de nossa redenção', contribui de modo mais excelente para que os fiéis, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja", (Cf. CIC 1068)


           E por fim as Escrituras nos alertam:

         “Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más.” (II São João I,10,11).